No entanto pesquisas arqueológicas e históricas revelaram que o local onde hoje se encontra as Ruinas da Redução Jesuítica de Santo Inácio, já foi o palco para o cenário do encontro histórico entre indígenas Guarani, Espanhóis, Jesuítas e Bandeirantes Paulistas, que juntos escreveram a história da Província do Guairá, no período que foi dos anos de 1554 a 1632.
Os documentos históricos revelaram que o Tratado de Tordesilhas celebrado entre Portugal e Espanha em 1494, colocava o atual território do Estado do Paraná, como sendo a Província Del Guairá e pertencente à Espanha.
A Província Del Guairá tinha como limites ao norte o rio Paranapanema, ao sul o rio Iguaçu, a oeste o rio Paraná e a leste as serras de Guarayrú.
O Guairá era povoado por grupos indígenas Guarani e Kaingang, que já habitavam o território a milhares de anos e que tiveram os primeiros contatos com viajantes europeus em suas expedições comandadas por Aleixo Garcia em 1524 e Cabeza de Vaca em 1542.
O inicio da colonização se deu 1554 com a fundação da primeira vila espanhola do Guairá, Ontiveros, as margens do rio Paraná. Em seguida outras duas comunidades foram fundadas Ciudad Real del Guairá, em 1557 e Villa Rica del Espiritu Santo em 1570.
Os espanhóis tinham uma profunda ligação com a Igreja, que em 1588 enviou ao Guairá dois padres jesuítas, que permaneceram quatro meses em Villa Rica realizando batismo, casamentos e catequizando indígenas durantes incursões realizadas pelas aldeias.
Os espanhóis tinham uma profunda ligação com a Igreja, que em 1588 enviou ao Guairá dois padres jesuítas, que permaneceram quatro meses em Villa Rica realizando batismo, casamentos e catequizando indígenas durantes incursões realizadas pelas aldeias.
A Redução Jesuítica de Santo Inácio
Em 1607, o governador do Paraguai Hernandarias de Saavedra, através de carta a Felipe III, fala da importância de catequização de tribos indígenas do Guairá, por serem muito numerosas em relação a quantidade de espanhóis, poderiam representar uma ameaça a colonização e dessa forma conseguiriam conquistar a região sem pegar em armas.
Assim em 1610, a Companhia de Jesus, incentivada pela Coroa Espanhola, funda as duas primeiras Reduções Jesuíticas no vale do Paranapanema, Nuestra Señora del Loreto e San Ignacio Mini iniciando o seu projeto missionário no Guairá.
Entre os anos de 1610 e 1628, buscando concentrar os indígenas em locais fixos para proceder a catequização foram criadas mais 13 Reduções no Guairá pelo Padre Jesuíta Antônio Ruiz de Montoya.
Em 1607, o governador do Paraguai Hernandarias de Saavedra, através de carta a Felipe III, fala da importância de catequização de tribos indígenas do Guairá, por serem muito numerosas em relação a quantidade de espanhóis, poderiam representar uma ameaça a colonização e dessa forma conseguiriam conquistar a região sem pegar em armas.
Assim em 1610, a Companhia de Jesus, incentivada pela Coroa Espanhola, funda as duas primeiras Reduções Jesuíticas no vale do Paranapanema, Nuestra Señora del Loreto e San Ignacio Mini iniciando o seu projeto missionário no Guairá.
Entre os anos de 1610 e 1628, buscando concentrar os indígenas em locais fixos para proceder a catequização foram criadas mais 13 Reduções no Guairá pelo Padre Jesuíta Antônio Ruiz de Montoya.
Os bandeirantes paulistas, porem desde 1585 numa afronta direta ao projeto civilizatório da Companhia de Jesus, atacavam constantemente a Província do Guairá para capturar indígenas Guarani e vendê-los como mão de obra escrava para realização de tarefas domestica e na agricultura, essa pratica era condenada pelos jesuítas.
Em 1627, com a bandeira comandada por Raposo Tavares, ocorreu a destruição da primeira Redução Jesuítica, e dai por diante, as outras Reduções e cidades espanholas foram sendo sucessivamente arrasadas pelos paulistas e em seguida abandonadas por seus moradores.
Os jesuítas, cientes do perigo decidiram abandonar as duas maiores missões: A Redução de San Ignácio Mini e a Redução de Loreto, organizando uma fuga épica, pelos rios Paranapanema e Paraná, de cerca de doze mil índios através de 700 balsas. O fato é conhecido como êxodo Guairenho.
Em fim, com o ataque dos bandeirantes houve o abandono das cidades espanholas e a destruição das Reduções Jesuíticas no Guairá. Parte dos indígenas que não fugiram com os jesuítas foram capturados e levados para São Paulo, e o restante dispersou se, permanecendo pelas matas do antigo território do Guairá até 1853, quando o Paraná se tornou Província e Zacarias de Goes e Vasconcelos iniciando um novo projeto de catequização e civilização das populações indígenas através da fundação de colônias indígenas entre elas a Colônia de Santo Inácio do Paranapanema fundada em 1862 e abandonada em 1879.
Em 1924, teve inicio nesse território, hoje Município de Santo Inácio um novo projeto colonizador, do qual todos fazemos parte. Mas, no entanto histórias sobre as Ruinas, sempre foram contadas e estiveram presente nas conversas entre nossos pioneiros, que ao chegarem se depararam com os vestígios arqueológicos da Redução Jesuítica de Santo Inácio.
Os jesuítas, cientes do perigo decidiram abandonar as duas maiores missões: A Redução de San Ignácio Mini e a Redução de Loreto, organizando uma fuga épica, pelos rios Paranapanema e Paraná, de cerca de doze mil índios através de 700 balsas. O fato é conhecido como êxodo Guairenho.
Em fim, com o ataque dos bandeirantes houve o abandono das cidades espanholas e a destruição das Reduções Jesuíticas no Guairá. Parte dos indígenas que não fugiram com os jesuítas foram capturados e levados para São Paulo, e o restante dispersou se, permanecendo pelas matas do antigo território do Guairá até 1853, quando o Paraná se tornou Província e Zacarias de Goes e Vasconcelos iniciando um novo projeto de catequização e civilização das populações indígenas através da fundação de colônias indígenas entre elas a Colônia de Santo Inácio do Paranapanema fundada em 1862 e abandonada em 1879.
Em 1924, teve inicio nesse território, hoje Município de Santo Inácio um novo projeto colonizador, do qual todos fazemos parte. Mas, no entanto histórias sobre as Ruinas, sempre foram contadas e estiveram presente nas conversas entre nossos pioneiros, que ao chegarem se depararam com os vestígios arqueológicos da Redução Jesuítica de Santo Inácio.